Dicas para um armário mais organizado e infalível, por Filipa Casulo.

As roupas que usamos e o jeito como nos vestimos são uma janela para o nosso interior. São elas próprias Comunicação e uma forma de expressão: elegância, conforto, criatividade, irreverência… dependendo das situações e dos nossos estados de espírito temos necessidade de comunicar de formas diferentes.

O nosso armário deve ser contruído não só como um espelho destas necessidades, mas também como uma ferramenta super útil, que nos ajuda mais do que nos traz dores de cabeça. Funcionado um showroom como um armário XXL, e com a experiência que trago do trabalho enquanto manager do da Cª das Soluções, reuni algumas dicas que pretendem ir de encontro aos seguintes objectivos:

 

Nível Fácil:

Pendurar o maior número de peças possível.

  • Ver é querer! Usamos sempre mais as peças que estão à vista do que as que estão escondidas em gavetas;
  • Os cabides de arame são os nossos melhores amigos: ocupam menos espaço, logo conseguimos pendurar mais peças. Sendo mais leves aliviam ainda os varões/charriots de pesos desnecessários.
  • Cereja no topo do bolo? A roupa não se amarrota tanto. Algumas peças podem mesmo ser colocadas a secar diretamente nos cabides sem necessidade de serem passadas a ferro (mas isso as nossas mães já nos tinham ensinado, certo?).
  • Malhas: as malhas são uma excepção. No caso de closets abertos e charriots elas não só vão acabar por agarrar e produzir muito pó (péssimo para os mais alérgicos!) como podem também acabar por perder a forma devido ao próprio peso.

Peças organizadas por temas.

  • Por estilo de peça (a maneira mais prática: casacos com casacos, camisas e blusas juntas, vestidos, etc).
  • Cromaticamente (brancos, pretos, e todo um degradé de cores por aí fora. É a minha preferida, porque como não tenho armário e uso charriots, sinto o meu quarto mais harmonioso desta forma; diminuindo o ruido visual parece-nos tudo mais arrumadinho, mesmo que não esteja).

Minimizar gavetas.

  • Restringi-las ao mínimo e essencial. Funcionam como verdadeiros buracos negros de roupa. Claro que conforme a disponibilidade de espaço de arrumação de cada casa podem tornar-se indispensáveis e temos de aprender a viver com elas.
  • Organizadas por estilo de peça. Uma dica óbvia mas fundamental para nunca nos esquecermos de onde guardamos as roupas que não estão à vista.
  • No fundo da gaveta colocar sempre as peças que usamos mais. Não é de todo o mais prático, mas desta forma obrigamo-nos a revisitar peças esquecidas e/ou que não usamos há muito tempo.

 

Nível Difícil:

Equilíbrio: básicos vs peças mais arrojadas.

  • É fácil apaixonarmo-nos por peças mais marcantes e irreverentes. Por vezes são as que compramos mais impulsivamente e nas quais nem nos importamos de fazer um maior investimento €€€. Pouco depois damos por elas “penduradas”, ainda lindas e irresistíveis, mas sem saber como as conjugar, ou como fazê-lo de maneira diferente do habitul, por falta de básicos suficientes.
  • Básicos: Cada um define quais sãos os seus básicos, não têm de ser os mesmos para toda a gente! No meu caso: camisa branca, t-shirt branca e preta, calças pretas, vestido preto, perfecto e botas. Ter pelo menos cada um dos artigos em duplicado é essencial, sendo que para as partes de cima o ideal são de 3 a 5 de cada. Claro que as peças não necessitam de ser exactamente iguais! Mudando o corte, um ou outro detalhe, já faz toda a diferença. Para além de serem peças fáceis de conjugar com outras mais especiais, temos de as entender como o nosso SOS “não me apetece pensar muito, não sei o que vestir”.

Equilíbrio: nº de peças vs estilo de peças.

  • Todos temos os nossos pecados (os meus são calças pretas e casacos; este ano dei por mim já com 10 calças pretas, das quais usava com frequência apenas 5). Num armário sustentável, em que nada se desperdiça, é importante balancear os diferentes tipos de peças para que não haja um deficit de blusas e um excesso de calções, por exemplo.
  • Faz sentido que em proporção tenhamos mais partes de cima do que calças ou saias (5 para 1, como referência); não só são peças de maior desgaste, que se sujam mais e que lavamos com maior frequência, como nos permitem rentabilizar o número de combinações possíveis.

Não acumular em excesso.

  • Regra do Espaço: Idealmente, se hoje comprarmos uma peça deveríamos desfazer-nos de outra semelhante na mesma semana. Podemos até definir um número máximo de peças a ter no nosso armário se isso nos ajudar a manter este controlo de volume.
  • Regra do Tempo: o meu prazo é de 1 ano. Passou um verão, passou um inverno e não usei “aquela saia”; não vou usar mais, salta fora do armário! Algumas peças têm maior valor sentimental ou são mais especiais porque requereram um maior investimento da nossa parte. Podemos sempre abrir exceções (agora convém é que as exceções não ultrapassem a regra!).
  • Atualmente temos muitas opções que nos permitem reciclar facilmente o nosso armário: vendas e trocas online, doações a instituições e/ou a conhecidos. Podemos sempre prolongar a vida das peças, mesmo que não seja nas nossas mãos. Reciclar:
  • Vendas e trocas online, doações a instituições e/ou a conhecidos. Podemos sempre prolongar a vida das peças, mesmo que não seja nas nossas mãos.
  • No fundo da gaveta colocar sempre as peças que usamos mais. Não é de todo o mais prático, mas desta forma obrigamo-nos a revisitar peças esquecidas e/ou que não usamos há muito tempo.

 

By Filipa Casulo